28/07/2017

13 Reasons Why (A Netflix Original Series)


Acho já chegou mais do que na hora de falar sobre a série 13 Reasons Why. A série que formou borbulhinhos por toda internet e até mesmo sendo meio criticada por causa por abordar um assunto que é praticamente um tabu, esta bem ali na frente mas nem sempre notamos. Então hoje vou falar sobre a série e minha opinião sobre tudo o que a série quis  passar. Eu vi assisti a série na época de seu lançamento, mas com inúmeras postagens sendo feitas, com videos falando bem ou mal; E logo percebi que nem todo mundo estava realmente capitando a mensagem por trás da história mas sim o vendo como mais uma série adolescente que virou modinha. Mas a história não se resume em uma série de adolescente de modinha, mas uma série feita para dar um tapa na cara da sociedade, e um susto psicológico para os adolescentes. Então por causa disso tudo achei melhor deixar para falar sobre a série mais no futuro do blog. 


13 Reasons Why (estilizado em tela como Th1rteen R3asons Why) é uma série de televisão americana baseada no livro Thirteen Reasons Why (2007), de Jay Asher, e adaptado por Brian Yorkey para a Netflix. Diana Son e Brian Yorkey são os co-showrunners da série. A primeira temporada tem treze episódios. A série é produzida pela July Moon Productions, Kicked to the Curb Productions, Anonymous Content e Paramount Television. Originalmente planejada como um filme que seria lançado pela Universal Pictures, com Selena Gomez no papel principal, a adaptação foi transformada em uma série de televisão pela Netflix no final de 2015. Selena Gomez serviu como produtora executiva. A primeira temporada, e o especial 13 Reasons Why: Beyond the Reasons, foram lançados na Netflix em 31 de março de 2017.


A história da série gira em torno de uma adolescente que se suicidou após varias falhas culminantes, provocadas por indivíduos selecionados dentro de sua escola. Certo dia quando Clay Jensen chega em sua casa após sair da escola de depara com uma caixa de sapato deixada na sua varanda. Dentro dela ele encontra sete fitas cassete de dois lados gravadas por Hannah Baker, sua colega de escola e amor não-correspondido, que tragicamente cometeu suicídio há duas semanas atrás. Na fita, Hannah desenvolve um diário de áudio emocional, detalhando os treze motivos pelos quais ela decidiu se suicidar. Suas instruções são claras: cada pessoa que recebe a caixa é um dos motivos pelos quais ela se matou. E, depois que cada pessoa termina de escutar das fitas, ela deve passar a caixa para a próxima pessoa. Se alguém decidir quebrar a corrente, um outro conjunto das fitas será vazado para o público. Cada fita se dirige à uma pessoa específica em sua escola e detalha o envolvimento da mesma em seu suicídio.


Devo dizer que nem todos os indivíduos fizeram realmente na intenção de feri-la mortalmente. Você estuda ou pelo menos um dia já foi a escola, sabe aquela ocasião que alguém esta passando um recadinho você abre e tem uma bonequinha nariguda, de pauzinho e você ri e passa para o próximo, as vezes você nem sabem é a vitima, depois descobre que é uma menina da classe ou até a professora e você nem pensa que isso machuca ou que elas podem estar precisando de um sorriso gentil, não de um sorriso de deboche. E é assim que acontece na série de uma pequena brincadeira de mau gosto, de um deboche, de um abuso tudo vai se tornando algo maior, até chegar uma hora que Hannah não consegue mais lidar, e ela cansa de ser a machucada e parte para defensiva, ela decide machucar aqueles que lhe machucara. Essa é a intensão das fitas, ou pelo menos foi assim que quis entender.


Uma coisa interessante e um tanto estranha é que a série é narrada por Hannah, sim é narrada pela jovem que morreu. Seus pensamentos e opiniões são ditados por toda história se fundindo com suas lembranças e com o estado presente da série, cenas por onde ela andou e por onde nossos olhos passam durante a série. Então as vezes você se pega pensando nela no estado presente, mas ela não esta realmente ali e isso machuca um pouco, ao chegar no final da série você perceber que ela realmente não vai voltar, mas você quer que ela volte. Mas a vida não é ficção pessoas machucam, pessoas morrem e atos não podem ser desfeitos e nem reparados, mas podem ser usados como lições para o futuro. Então aqui fica uma das lições da série "Mostre que se importa agora, faça a diferença agora. Se importe mais com os outros, pense no que realmente precisa não no que realmente quer. Converse, se abra. Não pense que ter seus pais como amigos é ser careta." .


A série recebeu diversas criticas positivas dos críticos e do público, que elogiaram seu assunto e seu elenco, principalmente os dois atores principais, Dylan Minnette e Katherine Langford. Mas também atraiu controvérsias de alguns críticos em relação à discrição gráfica da série de edições, como a do suicídio e do estrupo, juntamente com outros elementos maduros. Tais cenas realmente ficaram realistas, o trabalho de edição fez ficar realmente realista e isso chocou a muitos, enquanto outros admiraram o trabalho, e mais meia duzia não conseguiu ver a cena por se sentir mal. Bem no inicio de alguns capítulos nos deparamos com um aviso, dizendo que aquele capitulo teria cenas e assuntos fortes, e que era sua escolha continuar assistindo. Não que a cena fosse lhe matar ou lhe traumatizar pelo resto da vida, mas pessoas com depressão ou suscetivas a suicídio não é aconselhável assistir, na verdade nem deveriam acompanhar a série. 


Eu mesma sou uma pessoa sensível, mas nunca tive problemas com suicido mas mesmo assim me sentia uma bosta ao final de cada capitulo, as vezes chorava, as vezes achava lindo os poucos momentos de felicidade que ela teve durante a série, e que ao mesmo tempo ela não dava valor a eles. A história me envolveu e me sentia dentro daquela situação, muitas vezes até me fazia lembrar de alguns amigos que passaram pelo mesmo, alguns que não podia fazer nada e nem sabia como lidar com aquilo e o máximo que podia fazer era ouvir. E era isso que Hannah não tinha, nossa personagem realmente não tinha ninguém para ouvir.  Na verdade o adolescente é um bichinho difícil, ele não fala e também não escuta, então quando ele quer que alguém o escute nem sempre manda sinais que possamos compreender.


Adolescência é uma fase complicada, de fato todos nos sabemos. Uma mudança que mescla a imaturidade, junto com responsabilidades, o começo da liberdade, a vida sexual, e tudo isso junto com o pensamento de que pode lidar com seus problemas "pois sou um adulto", mas o fato é que não é! Para mim adolescência é uma linha tênue entre criança e adulto, que uma hora tomba mais para um que para o outro, e a série aborda muito isso. O fato de podermos chegar em uma loja e comprar uma bebida porque é maior de 15 anos (dependendo do lugar), não quer dizer que possa lidar com tudo sozinho. Até mesmo os adultos não conseguem lidar sozinhos, casais conversam um com o outro para resolver seus problemas, pedem conselhos aos pais, um adulto vai ao psicologo porque muitas vezes não consegue se organizar. Como minha mãe sempre me disse "Uma coluna não sustenta uma ponte sozinha." . O ser humano é dependente um do outro e com os jovens não é diferente. 



Outro ponto que a série se focou é nas amizades, uma das maiores tragedias da série é baseada em uma má amizade, que leva a outra má amizade. Hannah fez uma amiga, e apesar das diferenças se tornaram boas amigas, abriram seu circulo para um terceiro amigo e logo depois excluirão Hannah sem nem mesmo explicar o porque. Hannah fez algo? Não vou dizer é claro rs. Mas algo assim magoa de verdade, você se sente culpado e nem sabe o porque. Assim você se sente carente e busca uma amizade seja a onde for, e muitas vezes não achara uma boa amizade assim... De fato isso acontece muito, quem nunca teve um amigo que bebia escondido, fumava, ou era galinha ou mulherengo? Mas também não quer dizer que sejam más pessoas. Muitas vezes não são, mas podem te levar para um mal caminho como aconteceu com a personagem  Jessica Davis e seu namorado. 


Na história Hannah faz varias tentativas de alguém enxergar o que esta acontecendo com ela, mas tentativas em ações não em palavras. Uma coisa que achei realmente incrível foi a forma que trabalharam na história como uma teia de aranha, todos os apontados na fita tem ligações uns com os outros, pequenos atos que se tornaram grandes resultados. Também existe uma pessoa citada na fita que sempre é colocado de fora dos acontecimentos principais entre os jovens, e ele pode acabar perdendo as estribeiras ou tomar decisões como Hannah Baker tomou. E o incrível de tudo de forma negativa, esta acontecendo com ele a mesma coisa que aconteceu com Hannah mas mesmo assim ninguém se dá conta e o exclui absolutamente de tudo. 


Para alegria de muitos ou não em maio de 2017, a série foi renovada para uma segunda temporada, programada para estrear em 2018. Não foi anunciado ainda a data certa, acredito que contaremos ainda com alguns dos personagens da primeira temporada. O que seria muito bom, já que bem no final da primeira temporada aconteceu algo (quem assistiu vai entender), que não mostrou quem foi o culpado, ou que rumo todos os envolvidos na história iriam ter. Tenho certeza que muitos esperarão ansiosos para entender o que aconteceu no final da primeira temporada, que ficou 80% explicada. Para aqueles que leram o livro esperam de verdade que a série não saia muito do rumo da história original.


 Eu não sei dizer se a série segue 100% a história do livro, até porque nunca li o livro. Por incrível que pareça, eu tenho o livro a quase três anos, mas nunca peguei para ler. Pelo fato de abordar suicídio e estrupo e ser drama. Pois livros de drama ou muito parecidos com a vida real, não me agradam e me fazem chorar rs. Mas tomarei vergonha na cara e vou ler e trazer uma resenha decente para vocês. Eu achei lindo o novo modelo de capa que lançaram para o livro, utilizando a imagem do série, mas admito que não largo o meu bom e velho exemplar com formato de fita. Eu admito estar ansiosa pela segunda temporada da série e que realmente deveriam lançar mais séries assim. Que falem a verdade e que deem um tapa na cara da sociedade e dos jovens também. Lamento quem não gostou por causa de três cenas fortes, e compreendo aqueles que não conseguiram ver por serem sensíveis ou não podem ver cenas assim. 


Como eu ouvi uma blogueira dizer "A série é para os 13 porquês, não para as Hannahs." no caso, os tresse porquês são as pessoas em geral, que machucam, são mesquinhos ou não enxergam ou fingem não ver. Já as Hannahs são as vitimas, que são zoadas, debochadas, magoadas. Todos nós na verdade somos os tresse porquês e a Hannah, todos nós já magoamos e fomos magoados. Mas tem aqueles que são mais sensíveis e são esses que não aconselho assistir. Então sim é uma boa serie, mas não acho que sejam para todos. 

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